A criação deste blog foi tomada inicialmente objetivando a viabilização, compreensão e conscientização das pesquisas desenvolvidas por mim, parceiros acadêmicos, professores, pesquisadores e especialistas tendo como diretrizes à Arqueologia e História. Também sob pretensão de divulgação de entrevistas com os expoentes das áreas já elencadas, aproximando mais ainda o leigo aficionado ou o acadêmico em prática das diversas variáveis existentes nessas duas ciências.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Perspectiva da Arqueologia no Regime Militar no Brasil



(Por Naiana Mendonça)

A definição de Arqueologia grosso modo se resume, ao estudo da sociedade e pelos seus vestígios materiais ou imateriais deixados ou não, para a sociedade seguinte. No caso da arqueologia forense seria tentar recuperar as memórias dos países ditatoriais, não apenas no Brasil, mas também na América Latina, onde se tenta adquirir uma relevância social. Para uma maior compreensão, faz-se mister investigar a historicidade da Arqueologia Forense, a qual necessita de um estudo mais aprofundado.



A Arqueologia Forense surgiu na América Latina no século XX, no ano de 1984. “Após três décadas de golpes políticos freqüentes e da implantação de ditaduras violentas, a Argentina se via diante da dolorosa memória de cerca de trinta mil pessoas desaparecidas” (SEOANE; MULEIRO, 2001, 198).


Com base nos dados de aproximadamente 30.000 mil pessoas desaparecidas na Argentina, pesquisadores na área da Arqueologia Forense e Antropologia Forense no Brasil, estão nesta mesma trilha em relação ao País, no qual consta mais de 1.500 desaparecidos. O Brasil ainda está em fase embrionária nesse sentido, já que as pesquisas e os estudos em áreas forenses realizadas no país são ainda exercitados com práticas e métodos pela a Medicina Legal. Devendo assim então, um apoio, aprimoramento, e confiança para que enfim, a área da Arqueologia Forense seja mais executada e que beneficie toda a sociedade.


A Arqueologia Forense é bastante recente em relação a outras especialidades da arqueologia, surgiu bem depois da Arqueologia Histórica, devido ao período que estuda particularmente bem mais depois da metade do século XX, até os dias atuais. Levando em conta, que os estudiosos ao decorrer destes últimos anos têm demonstrado interesse crescente em explorar com o auxílio da cultura material os conflitos e lutas sociais, no caso deste artigo, a Ditadura Militar. Igualmente, considerando como perspectiva relevante a interpretação do passado, o qual se constrói por meio das concepções modernas. Durante muito tempo, os assassinatos cometidos pelo poder governamental durante os anos de 1964 a 1985 assombraram não apenas as pessoas que tem conhecimento dessa barbárie, mas também os parentes das vítimas. Atualmente esses crimes ainda assombram aqueles que tiveram quaisquer aproximações com atos contra a integridade física e moral dos que ousavam se contrapor ao sistema ditatorial.



Este artigo está disponível na íntegra em formato PDF e os interessados devem solicita-lo através do e-mail: viagemarqueohistorica@hotmail.com
 
(Naiana Mendonça é graduanda do 8º período do curso de bacharelado em arqueologia pela Universidade Federal de Sergipe) 

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O Cotidiano e a Riqueza Material do Engenho Escurial Oitocentista (1840-1884)


(Por Renato Ramalho e Leonardo Matos)


Nossa proposta de pesquisa se enquadra em um estudo da materialidade que compõem os hábitos e costumes da açucarocracia sergipana. Onde analisamos os objetos que pertenceram à família Dias Coelho e Mello proprietária do Engenho Escurial localizado em Itaporanga D’Ajuda, e identificamos sua origem, entendendo as motivações da posse e o seu universo simbólico. Estes objetos são divididos entre móveis e louças. Delimitamos nossa pesquisa a segunda metade do século XIX, de 1840 a 1884, devido ser um período de grande destaque, onde os proprietários do referido Engenho estão no auge do poderio econômico, não só pela produção do açúcar, mas por ter seu patriarca além de deputado da província de Sergipe, é intitulado Barão e senador vitalício do Império. É adentrando a casa-grande que analisamos a materialidade, onde encontramos o universo simbólico que compõe a pompa e o luxo, os ares da corte que invadem os palacetes da açucarocracia a partir dos oitocentos, a necessidade de ostentar vultoso número de objetos que denotam o quanto poder e riqueza esses clãs senhoriais possuíam, percebendo, assim, que o mundo material é um poderoso sistema de significado, no entanto os significados da cultura material não são fixos, mas sim específicos a um tempo e lugar, sendo a cultura material carente de significado por si mesma, só adquirindo uma dimensão ativa e ideológica dentro de um sistema cultural determinado.




Lembrando que este T.C.C. (Trabalho de Conclusão de Curso) está disponível na íntegra no laboratório de informática da Biblioteca UNIT Centro ou em formato PDF, interessados solicita-lo através do e-mail: viagemarqueohistorica@hotmail.com


(Leonardo Matos e Renato Ramalho são formados em licenciatura plena em história pela Universidade Tiradentes)